terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Capitalismo selvagem

A expressão capitalismo selvagem é um termo criado originalmente para se referir à fase do capitalismo na época da Primeira Revolução Industrial (cerca de fins do século XVIII). Naquela época, especialmente na Grã-Bretanha, camponeses empobrecidos vindo de um meio rural superpovoado e estagnado, não tinham outra alternativa senão trabalhar nas nascentes indústrias da época, criadas a partir das inovações tecnológicas que pipocavam a todo momento, em especial o tear mecânico ou ainda o motor a vapor.
Obviamente, neste cenário cheio de inovações, não havia nenhum regulamento ou disposição prevendo como se dariam as relações entre os donos de fábricas e seus empregados. Assim, as condições de trabalho desses primeiros empregados eram as mais desumanas possíveis, com um dia de trabalho de dezesseis horas ou mais, emprego de menores de idade, até mesmo crianças em ambientes insalubres, fechados e de risco de mutilações e doenças. Isto se dava não por falta ou pelo excesso de humanidade de qualquer um dos patrões, o que acontecia é que esta realidade de trabalho dava o máximo de retorno financeiro ao dono do empreendimento. Muitas vezes, os trabalhos nas fábricas não paravam, havendo turnos diurnos e noturnos, numa rotina de trabalho de 24 horas, que supria não só a Europa como boa parte do mundo com os novos produtos industrializados. Claro, este sistema não trazia vantagem nenhuma ao trabalhador, mesmo que fosse mais vantajoso de que aguardar por trabalho no campo. Esse sistema todo descrito deu origem ao termo capitalismo selvagem, onde a exploração ferrenha do rico empresário oprimia os pequenos trabalhadores, assim como na selva, os animais grandes impõem sua vontade aos pequenos.

Hoje, a locução “capitalismo selvagem” é utilizada para indicar um sistema capitalista de dimensões globais, onde ocorre concorrência ferrenha entre as multinacionais dominadoras de vários mercados ou até mesmo países, com o apoio de seus governos lenientes e corruptos, fruto da ausência de sustentabilidade do modelo capitalista dos dias de hoje. Exemplo perfeito deste conceito é o domínio que a Firestone, empresa do ramo da borracha industrial exerceu desde 1926 até bem recentemente dentro do território da Libéria, país africano, onde a mesma praticamente controlava o país.
Este segundo significado também é ligado a vários outros conceitos onde o ganho financeiro suplanta o desenvolvimento humano e do planeta como um todo. Assim, o conceito de capitalismo selvagem estará ligado a vários outros temas, como por exemplo a política dos países ricos, que exploram as riquezas da terra sem consideração a qualquer noção preservacionista ou auto-sustentável, ou a banalização da morte a favor do capital, ou da guerra pelo petróleo, pela venda de armas, pela manutenção de um estilo de vida luxuriante nos países desenvolvidos, a venda de alimentos industrializados com produtos cancerígenos, a utilização dos pesticidas, o superaquecimento do planeta, desmatamento, a morte pela fome e AIDS, a impunidade dos criminosos detentores de poder econômico ou político, e até mesmo a infância desvalida que acaba atraída para o tráfico de drogas e a criminalidade.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Coordenadas Geográficas (8º ano - 7ª série)

 O que são Coordenadas geográficas
Coordenadas geográficas
"O desenvolvimento da Cartografia moderna decorreu principalmente das grandes navegações a partir do final do século XV. Instrumentos de orientação como a bússola permitiam o desenho de vários rumos nos mapas. Os portulanos, cartas de navegação, contavam com uma rede de rosas-dos-ventos desenhada a partir de um ponto conhecido, o que facilitava a orientação nas viagens. Os cartógrafos faziam parte das expedições exploradoras. Mediam as novas terras e não raro colocavam nos mapas informações temáticas sobre os novos territórios conquistados. Descreviam e desenhavam as paisagens, os animais, os povos nativos e os recursos que poderiam ser utilizados pela mentalidade mercantilista da época. Os dados coletados nas viagens tornavam os mapas mais exatos. Desta época até o presente, a cartografia evoluiu muito." (Coelho, Marcos A.; Terra, Lygia, 2001, p. 22.).
Coordenadas Geográficas
São um conjunto de linhas imaginárias que servem para localizar um ponto ou acidente geográfico na superfície terrestre. Essas linhas são os paralelos e os meridianos.
Linhas da Rede Geográfica
Paralelos – São traçados paralelamente ao Equador tanto para norte quanto para sul. É por meio deles que se determina a latitude de um lugar. Alguns paralelos recebem nomes especiais:
• Círculo Polar Ártico (66° 33 N).
• Trópico de Câncer (23° 27 N).
• Equador (0°).
• Trópico de Capricórnio (23° 27 S).
• Círculo Polar Antártico (66° 33 S).

Quando olhamos o Planeta de ângulos diferentes podemos ter ../imagens diferentes. Por exemplo, se fixarmos nossa visão no Equador teremos uma imagem do Planeta onde os paralelos aparecerão como linhas horizontais e paralelas.

Coordenadas geográficas "O desenvolvimento da Cartografia moderna decorreu principalmente das grandes navegações a partir do final do século XV. Instrumentos de orientação como a bússola permitiam o desenho... 

Já se olharmos para o planeta Terra de um ponto acima do Pólo Sul, a visão que teremos será completamente diferente. Os paralelos aparecerão como círculos concêntricos diminuindo... 
DETERMINAÇÃO DAS COORDENADAS GEOGRÁFICAS  "Para que cada ponto da superfície da Terra possa ser localizado num mapa, foi criado um sistema de linhas imaginárias chamado de "Sistema de... 

Cartografia – Coordenadas Geográficas e Fusos Horários. (8º ano - 7ª série)


Cartografia – Coordenadas Geográficas e Fusos Horários.
As coordenadas geográficas foram criadas para poder localizar qualquer ponto no planeta. Para isso, foram estabelecidos paralelos ou Latitudes (divide o planeta em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul a partir da linha do Equador) e Meridianos ou Longitudes (divide o planeta em Hemisfério Ocidental e Hemisfério Oriental, a partir do Meridiano de Greenwich).


Os fusos horários foram estabelecidos para criarem um padrão de horário no comércio mundial, estabelecendo assim, um sistema de hora comum a todos.
Para isso, foi feito um cálculo dividindo o ângulo de circunferência da Terra (360°) por 24 ( o total de tempo aproximado do movimento de rotação), estabelecendo como resultado 15°, então cada hora, estaria dentro de 15° a partir do meridiano de Greenwich (7,5° W e 7,5°E).
O sistema de contagem de horas em um mapa de fuso horário é bem simples, aumenta -se uma hora a cada fuso na direção Leste (E) e diminui uma hora a cada fuso na direção Oeste (W).

A REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL (9º ano)


DIFERENTES CRITÉRIOS PARA DIVIDIR O MUNDO EM REGIÕES
Você já pensou nos diferentes critérios que podemos utilizar para dividir o mundo em regiões? 
Só em olhar o globo já sacamos logo de cara a maneira mais tradicional de se dividir o planeta: A Divisão por Continentes! Assim temos a Europa, Ásia, África, América do Norte, Central e do Sul e a Oceania. 
Essa divisão por continentes segue um critério natural muito primário: grandes porções de terra e grandes porções de água, os Oceanos. Mas mesmo tendo como base à natureza, podemos dividir a Terra em outras maneiras. Uma delas, também bastante antiga, é a regionalização por faixas climáticas. De acordo com o Clima podemos determinar algumas regiões: Zonas Polares: Ártica e Antártica, Zonas Temperadas do Norte e Sul e Zona Intertropical. 
O clima faz com que essas regiões sejam muito diferentes uma das outras; basta lembrar das florestas. 
Além dos Continentes e do Clima uma outra forma de se regionalizar a Terra ainda tendo como base à natureza, é através dos ecossistemas. Nesse caso todos os fatores naturais são considerados: Clima, Fauna, Relevos, Solo, Flora, Geologia. 
*Nos tempos de hoje com tanta destruição dos recursos naturais, podemos ainda destacar as regiões que ainda existem patrimônios da natureza preservados, exemplo: "Milhões e milhões de espécies animais e vegetais vivem e dão vida ao planeta. Mas enquanto nos ecossistemas temperados do hemisfério norte, o número de espécies é reduzido, uma verdadeira explosão de formas vivas colorem as florestas tropicais, que são justamente os ecossistemas mais ameaçados do planeta. Isso tudo se chama Biodiversidade! A evolução da vida formou um diversificado patrimônio natural, ou como chama os biólogos: um Banco Genético. Cada espécie tem seu código como se fosse a sua carteira de identidade. Esse código genético torna impossível confundir as espécies. Esse material vivo é conhecido como Biodiversidade, e está presente em todos os ecossistemas e vem sendo depredado, causando assim, um empobrecimento desse patrimônio natural. A América Latina tem feito um grande esforço para preservar seus ecossistemas naturais através de parques e reservas e tem sofrido como todos os outros continentes à crise econômica que devasta os países. Não há dinheiro para a conservação e a administração de tantas riquezas naturais. Com uma nova atitude de respeito à vida, a diversidade biológica permanecerá e teremos mais segurança e beleza em nosso planeta, para nós e para as futuras gerações. A Vida Não Pode Parar! 
Agora vamos mudar o nosso olhar! Ao invés de destacar a natureza, vamos destacar a sociedade. Vamos pensar em critérios políticos e econômicos. Eles são hoje, os mais utilizados para dividir a terra em regiões. E o mais básico desse critério divide as nações do planeta levando-se em conta as condições econômicas e sociais. 
Há algum tempo atrás podíamos dividir o mundo em três mundos diferentes: 1o, 2o e 3o mundos. No final dos anos 80 um desses três mundos praticamente desapareceu. Você sabe qual foi? 
1. O Primeiro; b.O Segundo; c.O Terceiro; 
Acertou quem disse que foi o 2o. A divisão do mundo em três obedecia ao seguinte critério: o 1o mundo era formado pelos países ricos, desenvolvidos como os Estados Unidos, Japão e países da Europa Ocidental, por exemplo, Alemanha, França e Inglaterra. O 2o mundo pelos países socialistas liderados pela União Soviética e o 3o pelos países pobres, subdesenvolvidos. 
No final dos anos 80 a história deu uma importante guinada. As experiências socialistas praticamente desapareceram e com elas foi-se junto o 2o mundo. * "Começando nas Repúblicas Bálticas, Estônia, Letônia e Lituânia e depois se espalhando por todo o país, os nacionalismos outrora sufocados começaram a explodir. Diversas Repúblicas Soviéticas tornaram-se independentes. Temendo as conseqüências desse processo Gorbatchev cria a Comunidade dos Estados Independentes que substitua o regime centralizado de Moscou. Até hoje essa organização encontra-se indefinida e há muitos conflitos com a Rússia". 
* "O golpe de Estado de agosto precipitou tudo o que pretendia evitar. O colapso final do Socialismo e a desintegração do Império Soviético. Depois do golpe de agosto Gorbatchev passou a ser um refém político do homem que o salvou, Boris Ieltsin, que Gorbatchev tinha trazido em 85 da Sibéria para Moscou. O mundo assistiu a desintegração, nem sempre pacífica, do Império. Mas não há muitos argumentos a favor do otimismo. A Comunidade dos Estados Independentes tomou o lugar da União Soviética. É uma associação geopolítica frouxa que não deve durar muito. A reunião das maiores Repúblicas Eslavas, Rússia, Ucrânia, e Bielo-Rússia, com as cinco Repúblicas centro-asiática lideradas pelo Cazaquistão é feita de problemas. É possível que num futuro próximo o Ocidente tenha que se concentrar de novo num país que é a sexta parte do mundo e atende pelo velho nome: Rússia". 
Outra maneira de se regionalizar o mundo é a divisão em país Centrais e Periféricos. Centrais são os países Desenvolvidos que exercem influência sobre os países pobres ou Periféricos. Existem também países que são semi-periféricos, o Brasil é um exemplo desse tipo de país. Internacionalmente ele é Periférico, mas dentro do Cone Sul ele é Central, exportando seus produtos e serviços e com a mão-de-obra melhor qualificada que a de seus vizinhos. 
Com o mundo se integrando economicamente através de mercados comuns, o Brasil tem posição destacada no Mercosul, Mercado Comum do Cone Sul. * "Mercosul é um bloco econômico que reúne a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. Veja um exemplo para entender como esse bloco funciona: antes do Mercosul, uma garrafa de vinho argentino, uma peça de couro paraguaio e um quilo de carne uruguaio chegava ao Brasil com preços mais altos. Isso acontecia porque esses produtos cruzavam as nossas fronteiras e o governo brasileiro cobrava Taxas de Importação, o mesmo acontecia quando produtos brasileiros iam para esses países. Mas desde que o Mercosul entrou em vigor em janeiro de 91 os quatro países membros deixaram de cobrar impostos de importação sobre a maioria dos produtos. O consumidor sentiu isso no bolso, os preços dos importados desses países caíram. Outro bloco econômico que existe no continente americano é o NAFTA. NAFTA é uma sigla inglesa que em português significa Acordo de Livre Comércio da América do Norte. Os países membros são Canadá, Estados Unidos e o México. o Nafta entrou em vigor em 1 de janeiro de 94. Ele também acabou com os impostos cobrados sobre os produtos importados dos países membros. Mas agora existe a possibilidade de os 34 países do continente americano formarem um bloco único, a ALCA. ALCA significa Área de Livre Comércio das Américas e se ela for criada vai integrar todos os países da América com exceção de Cuba. Isso só deve acontecer a partir do ano de 2005." 
Apesar de todas essas interações e semelhanças entre as regiões do mundo ainda é possível regionalizar considerando as diferenças culturais. A primeira grande divisão do mundo em regiões culturais é aquela que distingue Oriente e Ocidente. Povos diferentes, Culturas diferentes, Civilizações diferentes. Línguas, religiões, hábitos e costumes dividem o mundo de maneira muito rica, muito bonita. *"Entre os povos do mundo não encontramos uniformidade, mas sim uma impressionante diversidade. Cada sociedade se adapta de forma diferente, cada um encontra suas próprias soluções para a questão da sobrevivência. O que cria essa variedade fenomenal ? A Cultura! É a cultura que nos permite que nos adaptemos, que criemos uma série de valores, crenças e práticas afim de colhermos os benefícios de cada lugar por onde andamos, onde criamos raízes e sobrevivemos. Mas a cultura faz mais do que ajudar na nossa sobrevivência física. Usamos a cultura para nos alimentar, nos mantermos aquecidos, mas além disso a usamos como alicerces para nossas regras, um projeto para nossas idéias, costumes e padrões para vivermos em sociedade. Através de nossa cultura, cada grupo forma um mundo com uma série de idéias visíveis e invisíveis. Cada um cria um modelo de bem ou mal, inventa meio de controlar a sorte ou destino e cria numa ordem um aparente caos. A cultura nos diz não só para sobreviver, mas também, como sobreviver, o que caçar ou plantar; não nos diz apenas para procriar, mas quando e com quem; nos diz o que pensar ou não e até o que comer ou não. A cultura impõe limites, filtra e dá valor a nossa realidade. É por causa da cultura que no nosso meio, as pessoas comem diferente, se vestem diferente e têm diferentes hábitos e religiões e cada um de nós tende a acreditar na lentidão dos nossos métodos e verdades, como se fossem transmitidos por nossos deuses e ancestrais e passados aos nossos filhos." 
Pode não ser a mais utilizada, mas essa divisão do mundo pelas diversas culturas e civilizações demonstra toda riqueza do planeta Terra. No mundo globalizado em que vivemos a convivência pacifica e o respeito pelas culturas regionais é fundamental para todos.

Atividades de reposição para os 8ºs anos em 22/02/2013


Atividades sobre a PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Copie o conteúdo sobre PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS em seu caderno e responda as questões propostas.

 

1. Como representar figuras tridimensionais em um plano sem que ocorra deformidades?


É possível eliminar as deformidades em um mapa ao representar áreas da Terra?

2.  O que são e para que foram desenvolvidos os sistemas de projeções cartográficas ?

  • Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula matemática que transforma as coordenadas geográficas, a partir de uma superfície esférica (elipsoidal), em coordenadas planas, mantendo correspondência entre elas. O uso deste artifício geométrico das projeções consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las.
  • Os sistemas de projeções cartográficas foram desenvolvidos para dar uma solução ao problema da transferência de uma imagem da superfície curva da esfera terrestre para um plano da carta, o que sempre vai acarretar deformações.

Qual é a melhor projeção cartográfica para representar a Terra?

3. TIPOS DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS:

  • PLANA ou AZIMUTAL
  • CILINDRICA
  • CÔNICA

PROJEÇÃO PLANA, POLAR OU AZIMUTAL

4 PROJEÇÃO PLANA

  • As projeções azimutais (planas ou polares) são executadas a partir de um plano tangente sobre a esfera terrestre; o ponto de tangência se torna o centro dessa representação cartográfica.
  • As áreas próximas a esse ponto de tangência apresentam pequenas deformações; entretanto, as mais distantes são muito distorcidas.
  • As projeções azimutais são as mais usadas geopoliticamente, pois podem realçar o "status" de um país em relação aos demais da Terra.
  • Os agentes da globalização, como os bancos internacionais e as transnacionais, dão preferência à projeção azimutal, colocando evidentemente o ponto de tangência em suas sedes, nos países centrais.

5. PROJEÇÃO CILINDRICA

  • As projeções cilíndricas são denominadas assim porque são feitas pelo envolvimento da esfera terrestre por um cilindro tangente à ela.
  • Elas apresentam o inconveniente de deformar as superfícies nas altas latitudes, mantendo as baixas latitudes em forma e dimensão mais próximas do real.
  • A única coordenada que se apresenta em seu tamanho original é a do Equador, nessas projeções cilíndricas, que se caracterizam por apresentarem os paralelos e os meridianos retos e perpendiculares entre si. Elas são as projeções mais utilizadas e conhecidas.
  • As duas projeções cilíndricas mais conhecidas são as de Mercator e a de Peters. Entre elas vamos traçar um quadro de diferenciações, embora sejam do mesmo tipo de projeção.

6 PROJEÇÃO DE MERCATOR

  • A projeção de Mercator é a mais antiga. Foi criada no século XVI, quando se iniciou o processo de expansão da burguesia mercantil européia sobre o mundo.
  • Reflete, pois, uma ideologia eurocentrista – para a Europa convergiam os espaços da produção e circulação desde o século XVI até a II Guerra Mundial.
  • Mercator fez uma projeção cilíndrica conforme, isto é, não deformou os ângulos de latitude e longitude, portanto as distâncias angulares e lineares (estas no Equador) são precisas.

7.  VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA PROJEÇÃO DE MERCATOR

Vantagens Da Projeção De Mercator

  • Os meridianos são representados por linhas retas, os paralelos e o equador são representados por um segundo sistema de linhas retas, perpendicular à família de linhas que representam os meridianos.
  • É fácil identificar os pontos cardeais numa Carta de Mercator.
  • É fácil determinar as coordenadas de qualquer ponto representado numa Carta de Mercator.
  • Os ângulos medidos na superfície da Terra são representados por ângulos idênticos na carta; assim, direções podem ser medidas diretamente na carta. Na prática, distâncias também podem ser medidas diretamente na carta.
  • Facilidade de construção (construção por meio de elementos retilíneos).
  • Existência de tábuas para o traçado do reticulado.

Limitações Da Projeção De Mercator

  • Deformação excessiva nas altas latitudes.
  • Impossibilidade de representação dos pólos.
  • Círculos máximos, exceto o Equador e os meridianos, não são representados por linhas retas (limitação notável nas Cartas de Mercator de pequena escala, representando uma grande área).

8. PROJEÇÃO DE PETERS

  • A projeção de Arno Peters surgiu apenas em 1973, durante a Guerra Fria e as crises petrolíferas que abalaram o mundo.
  • Ideologicamente é uma projeção geopolítica de países subdesenvolvidos, ou seja, os países e continentes são representados relativamente com seu tamanho real, expondo uma idéia de igualdade internacional.
  • Na projeção de Peters, as distâncias e as formas das superfícies foram relegadas a segundo plano, a fim de enfatizar os tamanhos das áreas representadas cartograficamente.
  • Os países e continentes situados em baixas latitudes ficam alongados no sentido N-S, enquanto os situados em altas latitudes ficam como que esgarçados no sentido L-O porque as distâncias angulares entre os paralelos são diminuídas gradativamente do Equador para os pólos.

9. PROJEÇÃO CÔNICA

  • Nesta projeção os meridianos convergem para os pólos e os paralelos são arcos concêntricos situados a igual distância uns dos outros.
  • São utilizados para mapas de países de latitudes médias.

10. A cartografia como instrumento de dominação cultural

11. VOCÊ CONHECE OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR O MUNDO?

12. Desenvolvimento tecnológico na cartografia

13. GPS

  • Sistema de Posicionamento Global, que utiliza sinais emitidos por satélites, cujas aplicações são amplamente utilizadas nos transportes marítimos, terrestres e aéreos.
  • Tecnologia utilizada por operadoras de celulares e firmas de seguros de cargas.

14. Aerofotogrametria (Fotografia aérea)

  • Fotografia obtida através de sensores acoplados nas aeronaves.
  • Constitui-se como um instrumento de representação da realidade acessível ao público com menos qualificações técnicas.

15. IMAGENS DE SATÉLITES

  • Imagens captadas por sensores acoplados aos satélites artificiais que orbitam em torno do planeta, codificada e transmitida para uma estação rastreadora na terra.
  • Atualmente trabalham com precisão milimétrica.

16. RADAR

  • O desenvolvimento do radar permitiu superar o problema relativo à necessidade de se ter um tempo claro, sem nuvens, ou sobre áreas de florestas densas.
  • Muito utilizado no monitoramento de espaço aéreo e áreas florestais.


Atividades de Reposição para os 9ºs anos em 22/02/2013


Atividades sobre a GLOBALIZAÇÃO
Leiam o texto sobre Globalização.

Leia o conteúdo referente à Globalização. Em seguida, copie e responda as questões propostas.

O que é Globalização?
Chama-se globalização, ou mundialização, o crescimento da interdependência de todos os povos e países da superfície terrestre. Alguns falam em “aldeia global”, pois parece que o planeta está ficando menor e todos se conhecem (assistem a programas semelhantes na TV, ficam sabendo no mesmo dia o que ocorre no mundo inteiro).
Origens da Globalização e suas Características
Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica.
Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc.
Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul) são países que souberam usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e educação nas décadas de 1980 e 1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de produção e agregar tecnologias aos produtos. Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de desenvolvimento econômico e social.
Globalização na Comunicação
A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de ideias e informações sem critérios na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira linguística.
Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças a inovação tecnológica.
Redes de televisão e imprensa multimédia em geral também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso, alguma vezes por televisão por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro.
Globalização na qualidade de vida
O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos, tem causado nas últimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 a 2001, o número de pessoas vivendo com menos de US$1 por dia caiu de 1,5 bilhão de pessoas para 1,1 bilhão, sendo a maior queda da pobreza registrada exatamente nos países mais liberais e abertos a globalização.
Efeitos na indústria e serviços
Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a criação da modalidade de outsourcing de empregos para países com mão-de-obra mais baratas para execução de serviços que não é necessário alta qualificação, com a produção distribuída entre vários países, seja para criação de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países para redução de custos e ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais.
Blocos Econômicos e Globalização
Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros. Neste contexto, surgiram a União Européia, o Mercosul, a Comecom, o NAFTA, o Pacto Andino e a Apec. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e já se relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico, consegue mais força nas relações comerciais internacionais.
Internet, Aldeia Global e a Língua Inglesa.
A globalização extrapola as relações comerciais e financeiras. As pessoas estão cada vez mais descobrindo na Internet uma maneira rápida e eficiente de entrar em contato com pessoas de outros países ou, até mesmo, de conhecer aspectos culturais e sociais de várias partes do planeta. Junto com a televisão, a rede mundial de computadores quebra barreiras e vai, cada vez mais, ligando as pessoas e espalhando as ideias, formando assim uma grande Aldeia Global. Saber ler, falar e entender a língua inglesa torna-se fundamental dentro deste contexto, pois é o idioma universal e o instrumento pelo qual as pessoas podem se comunicar.
Cidadão Globalizado
Com todas as mudanças no mercado de trabalho, temos que tomar muito cuidado para não perder espaço. As mudanças estão acontecendo com muita rapidez. O cidadão para segurar o emprego ou conseguir também tem de ser manter em constante atualização, ser aberto e dinâmico. Para sobreviver nesse mundo novo, precisamos estar em sintonia com os demais países e também aprendendo coisas novas todos os dias.
Ser especialista em determinada área, mas não ficar restrita a uma determinada função, porque ela pode ser extinta de uma hora para outra. É preciso atender a requisitos básicos, como o domínio do computador, de outros idiomas e mais do que tudo é preciso não ter preconceito em relação a essas mudanças.
O Brasil na globalização
Por ser um país integrado a economia mundial capitalista e com conexões culturais com diversos países do mundo, o Brasil está participando atividade do mundo globalizado.
Economia brasileira e a globalização
O Brasil possui uma economia aberta ao mercado internacional, ou seja, nosso país vende e compra produtos de diversos tipos para diversas nações. Fazer parte da globalização econômica apresenta vantagens e desvantagens.
As vantagens é o acesso aos produtos internacionais, muitas vezes mais baratos ou melhores do que os fabricados no Brasil. Por outro lado, estes produtos, muitas vezes, entram no mercado brasileiro com preços muitos baixos, provocando uma competição injusta com os produtos nacionais e levando empresas à falência e gerando desemprego em nosso país. Isso vem ocorrendo atualmente com a grande quantidade de produtos chineses (brinquedos, calçados, tecidos, eletrônicos) que entram no Brasil com preços muito baixos.
Outra questão importante no aspecto econômico é a integração do Brasil no mercado financeiro internacional. Investidores estrangeiros passam a investir no Brasil, principalmente através da Bolsa de Valores, trazendo capitais para o país. Porém, quando ocorre uma crise mundial, o Brasil é diretamente afetado, pois tem sua economia muito ligada ao mundo financeiro internacional. É muito comum, em momentos de crise econômica mundial, os investidores estrangeiros retirarem dinheiro do Brasil, provocando queda nos valores das ações e diminuição de capitais para investimentos.
Cultura brasileira e globalização
No aspecto cultural os pontos são mais positivos do que negativos. Com a globalização, os brasileiros podem ter acesso ao que ocorre no mundo das artes, cinema, música, etc. Através da televisão, internet, rádio, cinema e intercâmbios culturais, podemos ficar conectados ao mundo cultural internacional. Conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos chegam ao Brasil e tornam nossa cultura mais dinâmica e completa.
Por outro lado, a cultura brasileira sofre com essa influência musical e comportamental maciça, principalmente originária dos Estados Unidos. As músicas, os seriados e os filmes da indústria cultural norte-americana vão espalhando comportamentos e gostos que acabam diminuindo, principalmente entre os jovens, o interesse pela cultura brasileira.
Copie e Responda em seu caderno as questões a seguir.
1.            O que é Globalização?
2.            Fale sobre as origens da Globalização e suas Características.
3.            Caracterize a Globalização na Comunicação.
4.            Que relação há entre Globalização e qualidade de vida?
5.            Fale sobre os efeitos na indústria e serviços no mundo Globalizado.
6.            Quais Blocos Econômicos surgiram com a Globalização e qual foi o principal objetivo?
7.            Que relação há entre a Internet, Aldeia Global e a Língua Inglesa?
8.            O que você entende por Cidadão Globalizado?
9.            Como o Brasil participa no processo de globalização?
10.       Fale sobre a Economia Brasileira e a Globalização.
11.       Que relação há entre a Cultura brasileira e a globalização?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Globalização (9º ano - 8ª série)


GLOBALIZAÇÃO






Globalização é a interdependência de todos os povos e países do nosso planeta. Portanto, define-se globalização como o termo utilizado para o processo de transformações econômicas e políticas que vêm acontecendo nas últimas décadas. A principal característica é a integração dos mercados mundiais com a exploração de grandes empresas multinacionais. Junta-se a isso a grande revolução tecnológica com o uso cada vez maior de telefones, computadores e televisão e a uniformidade das informações com o surgimento e explosão da Internet e dos canais de televisão por assinatura. Com isso os países passam a interagir não só na economia e na política, como também na cultura.
Origens da Globalização

O conceito globalização surgiu em meados da década de 1980, a qual vem a substituir conceitos como internacionalização e transnacionalização, porém se voltarmos no tempo podemos observar que é uma prática muito antiga. A humanidade desde o início de sua existência vem evoluindo, passou de uma simples família para tribos, depois foram formadas as cidades-estado, nações e hoje com a interdependência de todos os povos do nosso planeta, chegamos a um fenômeno natural, denominado de "aldeia global". Globalização ou mundialização é a interdependência de todos os povos e países do nosso planeta, também denominado "aldeia global".
As notícias do mundo são divulgadas pelos jornais, rádio TV, internet e outros meios de comunicação, o mundo assistiu ao vivo e a cores em 11 de setembro, o atentado ao World Trade Center (as torres gêmeas), a invasão americana ao Iraque, quem não assistiu o Brasil penta campeão mundial de futebol. Com toda essa tecnologia a serviço da humanidade, da a impressão que o planeta terra ficou menor. Podemos também observar que os bens de consumo, a moda, a medicina, enfim a vida do ser humano sofre influência direta dessa tal Globalização.
Hoje uma empresa produz um mesmo produto em vários países e os exportam para outros, também podemos observar a fusão de empresas, tudo isso tem como objetivo baixar custos de produção, aumentar a produtividade, então produtos semelhantes são encontrados em qualquer parte do mundo.
A Globalização analisada pelo lado econômico-financeiro teve seu início na década de 80, com a integração a nível mundial das relações econômicas e financeiras, tendo como pólo dominante os Estados Unidos. Analisando a Globalização podemos destacar o lado positivo como: o intercambio cultural e comercial entre nações, importante para todos os povos, os riscos reais, entre outros. Agora vamos ver o lado negativo: a Globalização é crescente os povos ficam a cada dia mais interdependentes, porém os países desenvolvidos são os maiores beneficiados ficando cada vez mais ricos, enquanto os países em desenvolvimento ficam cada vez mais pobres. Então algumas medidas deverão ser tomadas para tentar mudar este quadro.

Consequências da Globalização


A mudança no papel do Estado

Intimamente vinculada à questão da globalização econômica é a mudança no papel do Estado.
A globalização significa que as variáveis externas passaram a ter influência acrescida nas agendas domésticas, reduzindo o espaço disponível para as escolhas nacionais.
Tanto a opinião pública internacional quanto o comportamento dos mercados também passaram a desempenhar um papel que antes não tinham na redefinição dos limites possíveis de ação para o Estado. A informação movimenta-se livre e rapidamente. Se, por exemplo, circula a noticia de que um determinado país está enfrentando dificuldades para controlar seu défict orçamentário ou estará proximamente elevando suas taxas de juros, os mercados financeiros intencionais tomam, com fundamento nestas noticias, decisões que poderão ter impacto real no pais em questão.
Os países, seus líderes e as políticos por eles adotadas estão sob vigilância próxima e constante da opinião pública internacional. Qualquer medida julgada por estas entidades imateriais como passo em falso pode impor penalidades. Ao contrário, decisões ou eventos interpretados como positives solo recompensados.
A opinião pública internacional e, sobretudo, os mercados tendem a ser conservadores, a seguir uma certa ortodoxia em matéria econômica. Estabelecem um padrão de conduta econômica que praticamente não admite desvios num mundo em que há imensa variedade de realidades nacionais. 0 complexo processo de ajuste não deve ignorar tal diversidade.
A globalização modificou o papel do Estado num outro aspecto. Alterou radicalmente a ênfase da ação governamental, agora dirigida quase exclusivamente para tornar possíveis as economias nacionais desenvolverem e sustentarem condições estruturais de competitividade em escala global.
Isto não significa necessariamente um Estado menor, muito embora este também seja um efeito colateral desejável da mudança de ênfase, mas certamente pede um Estado que intervenha menos e melhor; um Estado que seja capaz de mobilizar seus recursos escassos para atingir prioridades selecionadas, um Estado que possa canalizar seus investimentos para as áreas vitais na melhoria da posição competitiva do país, tais como infra-estrutura e serviços públicos básicos, entre os quais melhor educação e saúde; um Estado que esteja pronto a transferir para mãos privadas empresas melhor administradas por elas; um Estado, finalmente, no qual os funcionários públicos estejam a altura das demandas da coletividade por melhores serviços.
E tudo isso tem de ser feito num tempo em que os valores democráticos e uma sociedade civil fortalecida tornam ainda mais amplas as reivindicações de mudança. A transformação do Estado tem também de ser conduzida num quadro econômico de disciplina fiscal e austeridade no gasto público, em que o Estado conta com menos recursos financeiros. Não se trata de tarefa simples. Requer uma mudança substancial de atitude e determinação para combater interesses velados dentro do aparato estatal. Mas não há alternativa.
No caso do Brasil, temos de reconstruir o Estado se quisermos ter qualquer possibilidade de êxito na transição do modelo autárquico do passado para outro em que nossa economia se integre plenamente nos fluxos mundiais de comércio e investimento. Pode parecer paradoxal que esta remodelação do Estado de nenhuma forma conflite com ideais tradicionais da esquerda (e orgulho-me de ser fundador e membro do partido que representa a Social Democracia no Brasil). Pois é justamente isto o que ocorre. Ao realocar seus recursos e suas prioridades para educação e saúde, num país com os grandes contrastes sociais do Brasil, o novo Estado estará contribuindo para a realização de algo em que ele falhou no passado: promover maior igualdade de oportunidades numa época em que a qualificação e a educação constituem pré-requisito não apenas para a conquista de um posto de trabalho, mas também para aumentar o grau de mobilidade social no país.
Hoje, mais do que nunca, metas caras à esquerda podem ser alcançadas junto com e em virtude de nossos esforços para aumentarmos as capacidades nacionais com vistas à participação competitiva na economia mundial. Além disso, este Estado remodelado precisa ser ainda mais forte no desempenho de suas tarefas sociais e melhor preparado para regulamentar as atividades recentemente privatizadas. As dificuldades no processo de transição do papel do Estado são sentidas em toda parte e não podem ser subestimadas.
A reforma da Previdência Social na França e as difíceis negociações para a aprovação do orçamento nos Estados Unidos são exemplos dos obstáculos a serem superados pelos Governos, basicamente porque não há respostas imediatas e evidentes ao desafio da transição. Abandonar as práticas tradicionais do Estado do Bem-Estar não implica deixar de lado a necessidade de melhores padrões de vida para os nossos povos.






Projeções Cartográficas (8º ano - 7ª série)


Expectativas de Aprendizagem

1. Projeções Cartográficas
    
    Preciso identificar as formas de representação do mundo. Para tanto, é necessário entender e valorizar a cartografia como instrumento de informação dos fenômenos presentes no espaço geográfico mundial.

Projeções cartográficas:

Cilíndrica, Cônica e  Azimutal

Ao criarem mapas, os cartógrafos têm de enfrentar o desafio de representar a Terra, que é esférica, em uma superfície plana. Para se ter uma ideia da dificuldade de fazer essa transposição - que está sujeita a várias distorções -, no decorrer dos anos surgiram mais de 200 tipos de projeções cartográficas. As três projeções mais conhecidas são a cilíndrica, a cônica e a azimutal.
A representação mais precisa da superfície da Terra é o globo. A representação por meio de mapas, sempre acarretará distorções. Não existem projeções melhores ou piores. Cada uma se adapta a determinadas finalidades. Mas nenhuma resolve o problema da representação da curvatura da Terra numa superfície plana.
Para ser feita, a representação emprega um sistema de projeções cartográficas baseadas em relações matemáticas e geométricas. Apesar dos problemas que todas apresentam, sem essas projeções seria impossível a reprodução plana do globo terrestre.
As três projeções mais usadas são a cilíndrica, a cônica e a azimutal.

Projeção cilíndrica

Esta representação é obtida com a projeção da superfície terrestre, com os paralelos e os meridianos, sobre um cilindro em que o mapa será desenhado. Ao ser desenrolado, apresentará sobre uma superfície plana todas as informações que para ele foram transferidas. Nem todas as projeções cilíndricas são iguais. A projeção cilíndrica conforme conserva a forma dos continentes, direções e ângulos, mas altera a proporção das superfícies, como é o caso da primeira projeção elaborada por Mercator.

Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes navegações do século 14. Do continente europeu partiram navios para a África, América e Ásia. A projeção é a mais apropriada à navegação marítima e mostra uma visão eurocêntrica do mundo.

O ponto forte da projeção de Mercator é a precisão nas distâncias, sendo usada até hoje. Ocorre que esse modelo privilegia as formas dos continentes, mas distorce as áreas. E essa distorção, que cresce conforme aumenta a latitude, acaba resultando em grandes deformações: a Groenlândia, por exemplo, que tem cerca de 2,8 milhões e quilômetros quadrados, aparece no mapa com quase o mesmo tamanho da África, com seus mais de 30 milhões de quilômetros quadrados.
Ao acusar a projeção de Mercator de ser um instrumento dos países ricos, ao norte, para colonizar as nações menos desenvolvidas, ao sul, o alemão Arno Peters apresentou, em 1973, seu modelo de projeção cartográfica. Peters optou pela proporção entre as áreas, chegando a uma representação em que os países ao sul ganham mais destaque. Resultado? Estava instalada a polêmica, com debates que perduram até hoje entre os partidários da cada modelo.
Com o objetivo de aperfeiçoar as características da projeção de Mercator nas superfícies das regiões de alta latitude, Arthur H. Robinson criou a sua projeção, em 1963.
Com Robinson, os meridianos são colocados em linhas curvas, em forma de elipses que se aproximam quanto mais se afastam da linha do Equador. É a projeção mais usada nos atlas atuais.
A projeção equivalente preserva o tamanho real da superfície representada, mas não mantém as formas, direções e ângulos, como é o caso da projeção de Peters.

O mapa-múndi de Peters valoriza os países subdesenvolvidos, colocando-os em destaque ao representá-los com os seus tamanhos proporcionais. Ele projeta em linguagem cartográfica a idéia de igualdade entre as nações.

O cartógrafo alemão Arno Peters (1916-2002) considerava que os mapas eram uma das manifestações simbólicas da submissão dos países do Terceiro Mundo.
Peters combateu a imagem de superioridade dos países do Norte representada nos planisférios derivados da projeção de Mercator. Seu pressuposto de que todos os países deveriam ser retratados no mapa-múndi de forma fiel a sua área, dá destaque os países subdesenvolvidos.
                                              Para reforçar ainda mais os princípios norteadores da projeção de Peters, alguns cartógrafos inverteram a posição convencional dos mapas.

Projeção cônica

Um cone imaginário em contato com a esfera é a base para a elaboração do mapa. Os meridianos formam uma rede de linhas retas convergentes nos pólos e os paralelos formam círculos concêntricos.
Na projeção cônica, a representação é feita como se um cone envolvesse o planeta e depois fosse planificado. Essa projeção é utilizada para mapas de latitudes médias, pois nessa região a distorção é menor.
Essa projeção é utilizada para representar partes da superfície terrestre, como o trecho de um continente.
  
Na projeção cônica, as distorções próximas ao paralelo de contato com o cone são pequenas e aumentam à medida que as superfícies representadas se distanciam desse paralelo.


Projeção plana ou azimutal

O mapa numa projeção azimutal é construído sobre um plano tangente a um ponto qualquer da esfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa.
A projeção azimutal é usada, em geral, para representar as regiões polares e suas proximidades e para localizar um país na posição central, tornando possível o cálculo de sua distância em relação a qualquer ponto da superfície terrestre. O emblema da ONU é uma projeção azimutal.

As deformações são pequenas nas proximidades do ponto de tangência, mas aumentam com o distanciamento deste ponto.
Cláudio Mendonça é professor do Colégio Stockler e autor, para o ensino médio, de "Geografia geral e do Brasil" e "Território e sociedade no mundo globalizado".