GLOBALIZAÇÃO
Globalização é a interdependência
de todos os povos e países do nosso planeta. Portanto, define-se globalização
como o termo utilizado para o processo de transformações econômicas e políticas
que vêm acontecendo nas últimas décadas. A principal característica é a
integração dos mercados mundiais com a exploração de grandes empresas
multinacionais. Junta-se a isso a grande revolução tecnológica com o uso cada
vez maior de telefones, computadores e televisão e a uniformidade das
informações com o surgimento e explosão da Internet e dos canais de televisão
por assinatura. Com isso os países passam a interagir não só na economia e na
política, como também na cultura.
Origens
da Globalização
O conceito globalização surgiu em
meados da década de 1980, a
qual vem a substituir conceitos como internacionalização e transnacionalização,
porém se voltarmos no tempo podemos observar que é uma prática muito antiga. A
humanidade desde o início de sua existência vem evoluindo, passou de uma
simples família para tribos, depois foram formadas as cidades-estado, nações e
hoje com a interdependência de todos os povos do nosso planeta, chegamos a um
fenômeno natural, denominado de "aldeia global". Globalização ou
mundialização é a interdependência de todos os povos e países do nosso planeta,
também denominado "aldeia global".
As notícias do mundo são
divulgadas pelos jornais, rádio TV, internet e outros meios de comunicação, o
mundo assistiu ao vivo e a cores em 11 de setembro, o atentado ao World Trade
Center (as torres gêmeas), a invasão americana ao Iraque, quem não assistiu o
Brasil penta campeão mundial de futebol. Com toda essa tecnologia a serviço da
humanidade, da a impressão que o planeta terra ficou menor. Podemos também
observar que os bens de consumo, a moda, a medicina, enfim a vida do ser humano
sofre influência direta dessa tal Globalização.
Hoje uma empresa produz um mesmo
produto em vários países e os exportam para outros, também podemos observar a
fusão de empresas, tudo isso tem como objetivo baixar custos de produção,
aumentar a produtividade, então produtos semelhantes são encontrados em
qualquer parte do mundo.
A Globalização analisada pelo lado
econômico-financeiro teve seu início na década de 80, com a integração a nível
mundial das relações econômicas e financeiras, tendo como pólo dominante os
Estados Unidos. Analisando a Globalização podemos destacar o lado positivo
como: o intercambio cultural e comercial entre nações, importante para todos os
povos, os riscos reais, entre outros. Agora vamos ver o lado negativo: a
Globalização é crescente os povos ficam a cada dia mais interdependentes, porém
os países desenvolvidos são os maiores beneficiados ficando cada vez mais
ricos, enquanto os países em desenvolvimento ficam cada vez mais pobres. Então
algumas medidas deverão ser tomadas para tentar mudar este quadro.
Consequências
da Globalização
A mudança no papel do Estado
Intimamente vinculada à questão
da globalização econômica é a mudança no papel do Estado.
A globalização significa que as
variáveis externas passaram a ter influência acrescida nas agendas domésticas,
reduzindo o espaço disponível para as escolhas nacionais.
Tanto a opinião pública
internacional quanto o comportamento dos mercados também passaram a desempenhar
um papel que antes não tinham na redefinição dos limites possíveis de ação para
o Estado. A informação movimenta-se livre e rapidamente. Se, por exemplo,
circula a noticia de que um determinado país está enfrentando dificuldades para
controlar seu défict orçamentário ou estará proximamente elevando suas taxas de
juros, os mercados financeiros intencionais tomam, com fundamento nestas
noticias, decisões que poderão ter impacto real no pais em questão.
Os países, seus líderes e as
políticos por eles adotadas estão sob vigilância próxima e constante da opinião
pública internacional. Qualquer medida julgada por estas entidades imateriais
como passo em falso pode impor penalidades. Ao contrário, decisões ou eventos
interpretados como positives solo recompensados.
A opinião pública internacional
e, sobretudo, os mercados tendem a ser conservadores, a seguir uma certa
ortodoxia em matéria econômica. Estabelecem um padrão de conduta econômica que
praticamente não admite desvios num mundo em que há imensa variedade de
realidades nacionais. 0 complexo processo de ajuste não deve ignorar tal
diversidade.
A globalização modificou o papel
do Estado num outro aspecto. Alterou radicalmente a ênfase da ação
governamental, agora dirigida quase exclusivamente para tornar possíveis as
economias nacionais desenvolverem e sustentarem condições estruturais de
competitividade em escala global.
Isto não significa
necessariamente um Estado menor, muito embora este também seja um efeito
colateral desejável da mudança de ênfase, mas certamente pede um Estado que
intervenha menos e melhor; um Estado que seja capaz de mobilizar seus recursos
escassos para atingir prioridades selecionadas, um Estado que possa canalizar
seus investimentos para as áreas vitais na melhoria da posição competitiva do
país, tais como infra-estrutura e serviços públicos básicos, entre os quais
melhor educação e saúde; um Estado que esteja pronto a transferir para mãos
privadas empresas melhor administradas por elas; um Estado, finalmente, no qual
os funcionários públicos estejam a altura das demandas da coletividade por
melhores serviços.
E tudo isso tem de ser feito num
tempo em que os valores democráticos e uma sociedade civil fortalecida tornam
ainda mais amplas as reivindicações de mudança. A transformação do Estado tem
também de ser conduzida num quadro econômico de disciplina fiscal e austeridade
no gasto público, em que o Estado conta com menos recursos financeiros. Não se
trata de tarefa simples. Requer uma mudança substancial de atitude e
determinação para combater interesses velados dentro do aparato estatal. Mas
não há alternativa.
No caso do Brasil, temos de
reconstruir o Estado se quisermos ter qualquer possibilidade de êxito na
transição do modelo autárquico do passado para outro em que nossa economia se
integre plenamente nos fluxos mundiais de comércio e investimento. Pode parecer
paradoxal que esta remodelação do Estado de nenhuma forma conflite com ideais
tradicionais da esquerda (e orgulho-me de ser fundador e membro do partido que
representa a Social Democracia no Brasil). Pois é justamente isto o que ocorre.
Ao realocar seus recursos e suas prioridades para educação e saúde, num país
com os grandes contrastes sociais do Brasil, o novo Estado estará contribuindo
para a realização de algo em que ele falhou no passado: promover maior
igualdade de oportunidades numa época em que a qualificação e a educação
constituem pré-requisito não apenas para a conquista de um posto de trabalho,
mas também para aumentar o grau de mobilidade social no país.
Hoje, mais do que nunca, metas
caras à esquerda podem ser alcançadas junto com e em virtude de nossos esforços
para aumentarmos as capacidades nacionais com vistas à participação competitiva
na economia mundial. Além disso, este Estado remodelado precisa ser ainda mais
forte no desempenho de suas tarefas sociais e melhor preparado para
regulamentar as atividades recentemente privatizadas. As dificuldades no
processo de transição do papel do Estado são sentidas em toda parte e não podem
ser subestimadas.
A reforma da Previdência Social
na França e as difíceis negociações para a aprovação do orçamento nos Estados
Unidos são exemplos dos obstáculos a serem superados pelos Governos, basicamente
porque não há respostas imediatas e evidentes ao desafio da transição.
Abandonar as práticas tradicionais do Estado do Bem-Estar não implica deixar de
lado a necessidade de melhores padrões de vida para os nossos povos.
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